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Archive for the ‘Notícia’ Category

por Cláudio Conz*

A construção civil é uma das atividades que mais movimentam a economia do país. O chamado construbusiness representa cerca de 13% do PIB brasileiro; a cadeia produtiva da construção emprega 15 milhões de pessoas, sendo mais de 4 milhões diretamente e com um expressivo poder multiplicador sobre a demanda doméstica e um mínimo viés importador, com um superávit comercial de cerca de US$ 2,5 bilhões ao ano entre bens e serviços.

Muito tem se falado sobre o potencial da construção, especialmente com os programas governamentais de construção de moradia e infraestrutura. No entanto, muito pouco se tem explorado o potencial do próprio povo como agente urbanizador. E para entender como este fator pode ser um instrumento de aceleração da melhoria das condições de moradia e de redução do déficit habitacional, é preciso entender a relação do povo brasileiro com seu imóvel.

Para a maioria dos brasileiros, a casa é a maior aquisição individual e familiar de suas vidas: é o famoso “sonho da casa própria”. Sua residência está repleta de objetos ligados à sua história pessoal e de componentes de sua memória afetiva. Geralmente, para adquirir o imóvel, o comprador faz uma dívida e na parcela de seu financiamento está inclusa uma quantia de juros. O imóvel é um bem que se valoriza, por isso, essas prestações costumam durar muito tempo, baseando-se numa hipoteca da moradia que depende do registro imobiliário do título de propriedade do terreno.

Se aumentarmos os financiamentos, criando um programa de apoio àmoradia autoconstruída, poderíamos multiplicar os canteiros de obras

Mas e as construções irregulares? Grande parte dos brasileiros não tem acesso aos financiamentos, porque ocupam terrenos onde não há vigia ou que não são utilizados por seus donos formais. As pessoas acabam construindo nos terrenos onde elas têm acesso, comprando material de construção aos poucos, em pequenas quantidades. E assim é construída a imensa maioria das moradias populares, é a chamada construção autogerida, que não contrata profissionais especializados. O próprio morador desenvolve a obra, por meio de mutirões, com a ajuda de amigos, vizinhos, etc. E muitas dessas moradias permanecem sem registro imobiliário.

A “autoconstrução” é uma boa alternativa para melhorar a situação do déficit habitacional. O povo brasileiro costuma pagar empréstimos dentro dos prazos, já que as classes inferiores têm seu nome como seu maior bem. Ter seu crédito comprometido na praça faz com que o acesso a diversos bens de consumo acabe interrompido. Também devemos considerar o fato de que a construção autogerida representa 77% das obras no nosso país, daí a necessidade do incentivo a esse poderoso segmento consumidor.

A “autoconstrução” deve ser foco de financiamentos massivos. O financiamento de materiais de construção ainda aparece atrelado à necessidade da comprovação de regularidade do terreno. Se aumentarmos os financiamentos, criando um programa de apoio à moradia autoconstruída, acredito que poderíamos multiplicar os canteiros de obras pelo Brasil.

*Presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco)

Clique e veja o clipping

Cláudio Conz na seção Opinião do jornal Brasil Econômico


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O portal WebMotors e o Santander realizaram ontem (18), na parte da manhã um encontro com jornalistas especializados em motocicletas, para ampliar o relacionamento com estes formadores de opinião, mostrar alguns números do mercado de motos, bater um papo e falar sobre um assunto apaixonante: o mundo das duas rodas.

Os dados do portal foram apresentados por Gustavo Rocha, gerente comercial, que mostrou um histórico do WebMotors, dados sobre as motos mais procuradas e anunciadas pelo portal WebMotors, entre outras informações oferecidas ao internauta.

Estiveram presentes Aldo Tizzani e Arthur Caldeira, da Agência InfoMoto; Márcio Viana, do Moto.com.br; André Luís Ramos Lira, editor da revista MotoAction; Sérgio Dias, do Jornal Alpha Autos; e, João Tadeu Boccoli, do site Motonauta. Também participaram Dariela Assumpção, da área de relações com a imprensa do Banco Santander, João Mancuso, do Marketing de Relacionamento do WebMotors, Rodrigo Samy do editorial do portal; Nereu Leme, Marcos Camargo Jr. e Débora Ribeiro, da Casa da Notícia, assessoria de imprensa do WebMotors.

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por Marcos Camargo

Acordei nesta quarta-feira com um estrondo causado pelo rompimento de uma adutora da Sabesp, bem em frente ao meu prédio, de onde pude fotografar tudo.

Além da coluna impressionante de água que se formou, o incidente interrompeu o abastecimento de água para cerca de 100 mil pessoas na região do M’Boi Mirim, na zona sul de São Paulo. Por volta das 8h20, o problema interditava faixas da estrada do M’Boi Mirim. As causas do rompimento ainda são desconhecidas e não há previsão para a conclusão do conserto.

Foto do rompimento de adutora em São Paulo

Rompimento de adutora em São Paulo

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O evento teve a participação de oito mil pessoas, a maioria adolescentes entre 12 e 18 anos. No total, Mark e Charles deram entrevistas para 31 veículos em dois dias, uma boa maratona. Legal é que o executivo americano adora falar em números, tem sempre um dado interessante para dar, e são bem preparados para transmitir uma mensagem. Sabem falar de forma fácil para um veículo como MTV ou o difícil “economês” para Valor Econômico. Certa hora o Mark me perguntou que jornal era o Diário de S.Paulo: eu falei sobre a linha editorial, linguagem voltada para a classe C-D e apelo mais popular e dito e feito. A entrevista teve tom informal e manteve o repórter interessado em todos os assuntos que ele falava. Também fiz o mesmo com UOL, revista Superinteressante, Rolling Stone, Folha de S.Paulo entre outros.

Teve ainda o momento celebridade porque o Charles Martinet não podia sequer circular pela feira ou andar no shopping Frei Caneca que era assediado. Para se ter idéia: na hora de almoçar tivemos que comprar algo para ele comer em uma sala reservada, em cinco minutos. Ele deu autógrafos para seus fãs nos dois dias entre as 11h e as 19h30 sem interrupções, a não ser para dar entrevistas. Alguns aficionados pelo personagem vieram de longe como Araraquara, no interior de São Paulo e até Curitiba e Brasília.

 Na TV, Charles Martinet virou destaque nos canais ESPN, Cultura, Record e Rede Globo, nos telejornais SPTV e Jornal da Globo, onde foi entrevistado pelo repórter Alan Severiano. A matéria integrou a coluna Conecte, transmitida na noite de quinta-feira, 1º de Abril.

No final da noite (que acabou às 2h da manhã), a Nintendo ganhou 3 prêmios: Empresa do Ano, New Super Mario Bros como jogo do ano e Zelda, como um dos jogos mais interessantes lançados em 2009.

O jornalista Marcos Camargo Jr., que acompanhou a maratona de Charles Martinet e Mark Wentley durante três dias, conta de forma resumida a experiência: “todas as entrevistas já estavam marcadas, e fiquei impressionado com a disposição e o preparo dos porta-vozes. Além disso havia todo o trabalho de divulgação do evento, a preocupação com a agenda dos executivos que incluiu um roteiro gastronômico pela cidade, e algumas reuniões sobre os próximos lançamentos da Nintendo e eventos dos quais irá participar como a E3, maior feira de entretenimento do mundo que será realizada em junho, em Los Angeles”.

 

Dublador do Mario Bros - Charles Martinet, clique e LEIA!

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Por Carlos Thompson

Pelé e Armando Nogueira

Não existe ofício mais delicioso do que escrever. Não há esporte mais humano e metafísico – a um só tempo – do que o futebol. Quando os deuses do jornalismo e do futebol se unem, temos jogadores como Pelé e Garrincha. E artífices da prosa poética como Armando Nogueira. Quem acreditaria que, algum dia, o Brasil tivesse vários telejornais, com maior ou menor profissionalismo e amplitude? Muito menos que tal modelo de jornalismo evoluísse ao longo de uma ditadura militar. Ele fez o Jornal Nacional, com seus erros e acertos, e apontou o caminho aos demais. Armando Nogueira esgrimia as palavras com blandícia, elegância e nobreza. Gostava do Botafogo, mas admirava, acima de tudo, o futebol bem jogado, as ousadias dos gênios da bola, ludopedicamente falando. Frasista invulgar, marcou o jornalismo brasileiro com sua paixão pela notícia, sem abrir mão do gosto pela vida. Ao acompanhar os comentários de colegas, amigos e fãs do jornalista falecido nesta segunda-feira, 29 de março de 2010, aos 83 anos, lembrei-me da sentença de Confúcio: “Quando nasceste, todos riam, só tu choravas. Vive de tal modo que, quando morreres, todos chorem, só tu sorrias”. Que, devido a sua elegância em vida, seja permitido a Armando, em algum recanto espiritual, ver os jogos da Copa de 2010. É o mínimo que ele merece.

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Quando eu cheguei por aqui – como diz Caetano Veloso em ‘Rock’n Raul’ – tudo era novidade. Entre o final de 1985 e 1986, São Paulo tinha um trânsito já complicado, mas menos caótico. E uma curiosa, para mim, etiqueta de
relacionamento que eu não dominava, vindo de uma Porto Alegre menos gigantesca e mais regionalista.

Ninguém simplesmente visitava um amigo, colega ou até familiar. Ligava-se antes, e havia uma negociação para finalmente agendar a visitar. Como se fosse uma reunião de negócios. E se você esperasse, em casa, um convite
destes, bem, ficaria velhinho antes de o receber.

 Aprendi a me comportar, digamos, com Angeli, Glauco, Laerte & Cia., pelas dicas que seus personagens nos transmitiam. E percebi também, neles, características com as quais nem sonhava. Por exemplo, compartilho com a dupla Wood & Stock a paixão pelo roque dos anos 60. Chego a repetir o mantra “parei em 1968”, que li, um dia, nos quadrinhos, em referência ao gosto musical. Digamos que parei em 1970, quando os Beatles se separaram.

Nos personagens do Glauco, ficava mais fácil entender a cultura paulistana, o modo de viver, a solidão compulsória e autoinflingida, pela correria, falta de tempo, distâncias que parecem se multiplicar em função do trânsito.
E a necessidade atávica de correr atrás do prejuízo.

A “Folha de S.Paulo” conseguiu, na edição deste sábado, 13 de março de 2010, comunicar a importância dos cartunistas em nossas vidas exibindo grandes vazios em lugar de seus trabalhos. Foi uma belíssima e sensível homenagem não somente ao Glauco, mas a todos os que labutam nesta forma de comunicação direta, engraçada, profunda e inestimável.

Glauco partiu da comunidade em torno de Céu de Maria, uma bela metáfora do desejo de se religar, a verdadeira religião, que não tem ouro nem mirra, que não tem senhores nem comandados. Esse desejo de religação lembra, um pouco, sentimentos que permeiam um ícone dos 60 (sim, voltei aos 60), George Harrison, que sempre expressou isto, de alguma forma, em canções como “My Sweet Lord”.

É o que todos queremos, espiritualistas ou céticos. Voltar a um mundo do qual não lembramos, mas que adivinhamos, palavra que deriva de ‘divinare’, divino, de Deus, da divindade.

O assassinato do Glauco não matou somente o criador. Privou-nos do contato diário com Geraldão, Dona Marta, Casal Neuras, Zé do Apocalipse, Geraldinho, Doy George, Nojinsk, Faquinha, Ozetês e Cacique Jaraguá.

Agora, eles voltarão a circular anônimos na multidão paulistana, em meio a de mais de 11 milhões de pessoas, com suas neuroses, seus sonhos e suas ideias. Estarão, também, na tiras já criadas, nos livros, nas coletâneas, nas lembranças, na Internet. Mas não haverá novas sacadas de Glauco, o que é muito, muito triste.

Que ele tenha um iluminado trajeto do Céu de Maria para a Grande Luz!

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por Carlos Thompson

Comunicação mais rápida é a que funciona, resume, sabiamente, Rodney Repullo, cliente da Cigam São Paulo.

Às vezes, esta comunicação é tão bem feita que perdura e se encaixa, inexplicavelmente, em um evento não previsto.

Estava ouvindo, mais uma vez, “Folia de Rei”, bela composição dos anos 70, da dupla Baiano e os Novos Caetanos. Uma invenção iluminada de Chico Anysio e Arnaud Rodrigues, este último falecido na terça-feira de carnaval, em naufrágio no Tocantins.

É uma bela música, com letra simples (atributo da boa comunicação), e profunda. Fala da aventura da vida, por meio dos verbos andar, marujar, navegar, voar, partir e voltar.

Marujar, aqui, um neologismo para viajar como marujo.

Mas a estrofe que retrata a comunicação eterna, fala em partir e voltar, para confirmar a nova lei, “alegria em nome de Cristo, porque Cristo foi o rei dos reis”.

Uma alegoria da morte? Talvez, porque partir e voltar aciona a Roda da Vida, do Devir, da morte e da libertação.

Boa viagem, Arnaud Rodrigues!

Arnaud Rodrigues. fonte: msn.com

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Ano do tigre, no calendário chinês, e da sustentabilidade, 2010 também pode ser o Ano do Conhecimento. Como a primeira década deste século 21 foi marcada por novas experiências científicas, conquistas tecnológicas, mudanças climáticas e crise mundial, chegou a hora de entendermos melhor nosso planeta, nossas vidas e nossa missão.

Por isso, 2010 – que marca o início da segunda década do século – pode ser dedicado ao Conhecimento.

Vamos produzir uma série de informações estratégicas, artigos e textos de interesse pessoal e profissional.

Essas informações poderão postadas em um Blog, permitindo a interação de todos, com comentários, sugestões e dúvidas. Todos os colaboradores poderão fazer perguntas aos dirigentes da empresa, por meio do Blog, estabelecendo uma linha de diálogo, com o objetivo de esclarecer e gerar Conhecimento, para que possamos contribuir para o crescimento ainda maior de cada empresa-cliente em seu mercado de atuação.

Casa da Notícia Comunicação Global

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 Diploma, sim,
mais de um, se possível

Por Carlos Thompson
twitter.com/ThompsonClaro

Diploma de jornalista ou salve-se quem puder? Confesso que fiquei surpreso quando o Supremo Tribunal Federal (STF) liquidou com a exigência de diploma para o exercício da profissão.

Pensava que o diploma poderia, sim, ser substituído por alguma composição entre curso superior e um ano e meio a dois anos de pós-graduação em jornalismo. Mas reduzir o nível de exigência? Liberar geral? Nunca imaginei que o desejo de vingança contra os jornalistas perguntadores, descobridores de coisas que não se devem exibir à luz do dia, chegaria tão longe.

Tente conseguir qualquer emprego, por menor que seja o salário, sem o segundo grau. Duvido que consiga, exceto na informalidade. E curso superior, aliás, hoje é só um começo para empregos medianos. Falar inglês ajuda um pouco, mas um terceiro idioma é desejável. Se possível, alemão, chinês, algo assim.

.diploma

Dominar o computador é brincadeira de criança.

Neste mundo, então, jornalista nem precisa ter passado pela faculdade?

A justificativa de liberdade de expressão é tão fora de questão, tão ridícula, que desmerece quem a defende. Comparação a outras funções? Provocação barata de quem odeia, isto sim, a liberdade de expressão, que permite ao jornalismo investigar, criticar, expor fatos incômodos.

Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) restabelece a exigência do diploma, o que, convenhamos, é melhor do que o vazio institucional proposto pelo STF. Esperemos que os congressistas tenham um raro momento de lucidez, e votem a favor do diploma.

Obviamente, muitos preferem o vazio atual a uma categoria organizada, com piso salarial, organização sindical etc. São netos ou bisnetos daqueles fazendeiros que viam, na Abolição da Escravatura, dano econômico irreparável. Nem por isso vamos conectar nossos notebooks na área de remadores acorrentados das galés.

Se tiverem real interesse na liberdade de expressão, evitem propostas absurdas, como o tal Conselho Federal de Jornalismo. Fiquem de olho na violência praticada contra jornalistas pobres, do interior do Brasil, quando escrevem matérias que incomodam chefetes locais.

Todos os assassinos de jornalistas estão nas prisões ou nas barras dos tribunais? Não, certamente, não.

Os cursos de Jornalismo não estão no nível desejado? Invistam na qualidade do ensino fundamental. Analfabetos funcionais não se tornarão excelentes universitários. Paguem mais aos professores. Depois, cobrem produtividade e qualidade deles. Façam o que países que valorizam a educação de verdade, e não no gogó, no discurso, já fizeram há décadas.

Cursos superiores podem ser aperfeiçoados, discutidos, modificados, se houver interesse neste debate. Não acredito que haja. Governos populistas e autoritários não gostam da imprensa. Nem de seus profissionais. Gostam de aplausos e de áulicos. De votos e de apagões alheios, nunca dos seus.

 

Criticam os meios de comunicação e os jornalistas como o cônjuge traído, da piada popular, que trocou o sofá da sala em lugar de cobrar fidelidade a quem de direito.

Jornalismo com diploma, sim, se possível com mais de um. Com mais exigência, nunca com menos. E quem não gosta de matérias investigativas, que trate de agir corretamente, dentro da lei e dos preceitos éticos. Daí, não vira notícia negativa, e todos ficarão felizes.

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Apagão II

Radinho de pilhas contra a crise

Por Nereu Leme

É nesse momento, de crise, de dificuldades e boataria, que a comunicação age como tábua salvadora. Como um pequeno rádio de pilhas, que não necessita de energia elétrica para funcionar. Assim, podemos vencer o apagão e, ao mesmo tempo, ter a informação que reduz incertezas.radio_pilha

Como todo serviço essencial, o fornecimento de energia elétrica precisa de um sistema de contingência, uma alternativa para não parar de funcionar, um radinho de pilhas.

Para nós jornalistas prevenidos, como eu e o Marcos Camargo (leia post Apagão I), o radinho de pilhas venceu a crise. Mas, só conseguimos o acesso à informação na madrugada escura, porque em nossos treinamentos contra situações de crise, sempre alertamos nossos treinandos: “toda crise requer uma alternativa previamente planejada. Por exemplo, se faltar luz, tenha um radinho de pilhas à mão. Pelo menos haverá acesso à informação e, com a informação, poder decidir os próximos passos”.

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